sexta-feira, 17 de junho de 2011

UPI - Cap. VI - Parte 2

Cheguei em casa pouco antes do jantar e eu estava com muita fome. Fui tomar um banho e me tranquei no meu quarto com um copo de leite que peguei escondido para mascarar a fome. Ma com certeza me questionaria por chegar de um aniversário com fome.
Peguei um livro aleatório , Um Barco remenda o Mar de dez poetas chineses , revirei os olhos pois já o lera inúmeras vezes. Então peguei outro na prateleira dos livros novos, A filha do Rei Dragão , mas senti-me cansado demais para ler e decidi terminar logo o leite e dormir.
Fechei os olhos à espera do sono, mas ele não veio a tempo de impedir que meus pensamentos fossem até Ellena e os japas. Pensei muito sobre aquilo e cheguei a conclusão de que ela não era minha amiga; então decidi ignora-la . No dia seguinte, Ellena não ligou nem entrou em contato durante o restante  de férias e Lucas não comentou nada sobre ela.
No meu aniversário ela também não ligou.
- Relaxa Lee, Lena deve estar ocupada ... - disse Lucas repentinamente enquanto comíamos bolo.
Não fiz festa de aniversário como a de Ellena, pois não tinha muitas pessoas para convidar, apenas chamei Lucas para passar o dia em casa, ma havia feito bolo e muitos doces e outras coisinhas para comer.
Quando as aulas finalmente voltaram, fiquei irritado por Lucas faltar no primeiro dia de aula, mesmo assim guardei lugar para ele a minha frente no fundo da sala. Ellena não caiu em nossa sala aquele ano e pude mentalizar varias vezes entes de encontra-la no intervalo, '' fica frio, vocês não tem mais nada em comum...'' mas não foi bem assim que aconteceu.
No intervalo, Ellena estava cheia de sorrisinhos com Kato, Nelson e o outro garoto do aniversario, sempre acompanhada de karina. Não consegui controlar o ritmo cardíaco quando a vi, e meu resto parecia pegar fogo. Tudo em vão, ela nem se quer olhou para mim.
Dali, por um bom tempo, não dirigi mais a palavra à ela e nem atenção por um bom tempo. O importante era que Kato não me perturbava mais, quase ignorando minha existência.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Cap. VI - O fim de uma breve amizade - Parte1

Continuei seguindo com Karina e logo chegamos até Ellena... para minha surpresa, ela estava conversando com três meninos, três meninos japoneses, cujo dois deles eram Nelson e kato, o terceiro nunca tinha visto antes, mas era aparentemente hostil e muito emburrado, encarando-me fixamente. Estremeci.
- Ora, ora, a quanto tempo não nos vemos hen chinoca ...- Kato se aproximava com os outros dois e Ellena, apreensiva. Quis dar as costas e ir embora, mas Ellena se manifestou.
- Obrigada por vir, Yang... é para mim ? - ela olhava para o embrulho em minahs mãos e, antes  que eu falasse algo ou até mesmo negasse, ela o tomou de minhas mãos, abrindo o mesmo.
- Ah Yang! Que lindo, eu amei - ela parecia realmente feliz sentindo o perfume e mostrando para Karina - Olha Nina, uma borboleta, não é uma delicia ?
- Meu pai que fez, a um tempo atrás quando pediu minha mãe em casamento ... - minha vós saiu vacilante.
- Por isso se chama Meiyan ? Foi o melhor presente que ja ganhei...
- HAHAHA~ -Kato caçoou - é impressão minha ou alguém aqui está amando ? - Ellena rubrou. - Você é muito romantico Chinoca, tem um perfuminho pra mim aí também ?
- Pára de ser chato, Kato -  Nelson  falava com a boca cheia de doces.
Fiquei paralizado, com a cabeça cheia, Kato conseguia me vencer apenas com sua presença. Por que ele estava ali? Por que Ellena o convidou? Por que fui contar sobre o perfume em vez de simplesmente dar à ela? Eu realmente era o culpado de tudo...
- Você já deve estar de saída, né ? - Kato pousou o braço pesadamente em meu ombro.
- Já chega... fique a vontade, tá Yang?! - Ellena me deu um sorriso forçado e muito triste, ao se afastar com Karina. Kato lançou-me um sorriso sínico ao passar por mim, seguido do outro garoto que esbarrou em meu ombro, propositalmente. Nelson ficou ali ao meu lado, terminando de comer os doces e finalmente disse:
- Pois é, eu detesto aniversário, quando é o seu ? - ele realmente parecia espera uma resposta.
- Ainda esse mês ... - minha vós saiu em um sussurro.
- Sério ?! Vocês são de capricórnio, legal legal ... bom, não pense tanto, você tende a ter muito sucesso e também fracasso ! - Disse e se afastou, misturando-se  a multidão.
Por que ele disse aquilo ? Não consegui sentir raiva ou algo assim por ele, mas nós nunca seriamos amigos, disso eu tinha certeza.
- Nossa, o que aqueles caras estão fazendo aqui ? - Lucas surgiu do nada, atrapalhando minha linha de pensamento.
- Vou nessa.
- Hey! espera aí , Yang, espera ...
 Fui abrindo espaço pelo labirindo humano, atordoado. Logo saí da casa de Ellena e seui para a rua de baixo, andando de vagar com vários pensamentos estranhos na cabeça. Afinal de contas, Ellena era minha amiga ou não ?
Passei em frente à uma praça onde vi uns meninos da escola. Eles estavam fumando, imaginei que fosse o tradicional tabaco, mas o cheiro era outro, era doce e mais forte. Me peguei os encarando enquanto respirava profundamente daquela fumaça. O maior deles, para não chamá-lo de gordo, me encarou de forma ameaçadora. Não pensei duas vezes e saí correndo.
Não fui direto para casa, fiquei perambulando calmamente pelo centro por mais duas horas, reparando às pessoas, ou melhor, às atitudes das pessoas. Alguns muito apressados, outros mais calmos admirando vitrines. Na  frente da biblioteca central, deparei-me com dois senhores jogando dominó em uma mesa de pedra. Me aproximei mais deles, observando o jogo distraidamente.
- Acho que estou sem sorte ... quer tentar, piá ? - o senhor mais velho disse virando-se para mim com um sorriso que, de certa forma, lembrava o de minha ma. 
Aceitei jogar algumas rodadas com eles, das quais perdi todas.